“Glorioso Santo Antonio que
tivestes a sublime dita de abraçar e afagar o Menino Jesus, alcançai-me a
graça que vos peço e vos imploro
do fundo do
meu coração
(pede-se a graça).
Vós que tendes sido tão bondoso para com os pecadores, não olheis para os
poucos méritos de quem vos implora, mas antes fazei valer o vosso grande
prestígio junto a Deus para atender o meu insistente pedido.
Amém.
Santo Antonio,
rogai por nós.”
Santo Antônio é o Santo mais popular do
Brasil e, também, é conhecido por ser o Padroeiro dos pobres, Santo
casamenteiro, sempre sendo invocado para se achar objetos perdidos.
Dizem que as simpatias evocadas em seu
nome dão certo. Claro que tudo isso faz parte das supertições bem características
do povo brasileiro. Talvez pela mistura de raças e crenças, não sabemos, mas
a posição que temos diante dessas brincadeiras, vamos chamar
assim, é
a grande necessidade das pessoas conseguirem uma
fórmula para tudo na vida.
1
– Quem deseja descobrir o nome do futuro companheiro deve comprar um facão e,
à meia-noite do dia 12 de junho, cravá-lo numa bananeira. O líquido que
escorrer da planta deve formar a letra do futuro amor.
2
– Uma das mais antigas tradições diz que, para descobrir o futuro
companheiro, é preciso escrever os nomes dos candidatos em vários papéis. Um
deles deve ser deixado em branco. À meia-noite do dia 12 de junho, eles devem
ser colocados em cima de um prato com água, que passará a madrugada ao
relento. No dia seguinte, o que estiver mais aberto indicará o escolhido.
3
– Aqueles que têm pressa em arranjar um namorado devem comprar uma pequena
imagem do santo. E para agilizar a conquista do pedido, fazer dois
procedimentos: tirar o Menino Jesus do colo do religioso, dizendo que só
devolverá quando conseguir um namorado, ou ainda, virar o Santo Antônio de
cabeça para baixo.
4
– O mais afoito tem ainda outro recurso. Deve ir a um casamento e dar de
presente aos noivos uma imagem de Santo Antônio, sem o Menino Jesus. Depois,
pedir no altar para se casar com alguém, especial ou não. Assim que a graça
for alcançada, deve retornar à igreja e lá depositar a imagem do Menino
Jesus.
5
– Os que já estão acompanhados, mas ainda não subiram no altar, também
possuem práticas específicas. A pessoa deve amarrar um fio de cabelo seu ao do
namorado. Eles devem ser colocados aos pés do santo, que, logo, logo, resolve a
questão.
6
– À meia-noite do dia 12 de junho, quebre um ovo dentro de um copo com água
e o coloque no sereno. No dia seguinte, interprete o desenho que se formou. Se
aparecer algo semelhante a um vestido de noiva, véu ou grinalda, o casamento
está próximo.
7
– Para a pessoa saber se o futuro companheiro será jovem ou mais velho, é
preciso arranjar um ramo de pimenteira. De olhos fechados, ela deve pegar uma
das pimenteiras. Se a escolhida for verde, ele será jovem. Caso contrário, o
casamento acontecerá com alguém de idade avançada.
8
– A tradição popular acredita que há uma forma especial de fazer as pazes
entre casais brigados. Para isso, é preciso um cravo e uma rosa. Os talos devem
ser amarrados juntos com uma fita verde, na qual serão dados 13 nós. Durante o
procedimento, o devoto deve pensar que Santo Antônio vai uni-los outra vez.
9
– Para descobrir se falta muitos anos para a grande data, na véspera do dia
13 de junho, à meia-noite, amarre uma aliança – que pode ser de qualquer
parente – numa linha ou num fio. Coloque um copo sobre a mesa e segure o fio
de modo que a aliança esteja dentro do copo. Pergunte, então, quantos anos
faltam para o casório. O número de batidas informa quantos anos ainda restam
para o Dia D.
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